Talita Rhein

Os Catioros da Alemania

Os alemães podem ser muitas coisas, mas uma das que eu mais gosto é que eles amam cachorros. Não todos, mas uma grande parte dos alemães tem cachorros, geralmente muito comportados, que andam sem coleira e não causam nos lugares.

Mas você sabe que cachorro que é cachorro desestabiliza muito facilmente e é só fazer uma vozinha ou mexer com eles na rua que eles já viram a barriga, correm, latem, enfim, fazem coisas de dog. Eu amo fazer isso, mas os donos, geralmente, não curtem muito essa interação com os catioros deles, principalmente em lugares fechados.

O que rola é que aqui os dogs podem colar em qualquer pico, literalmente. Restaurante, loja, busão, escritório, parque, casa, elevador… Os dogs são super bem-vindos nos lugares e isso exige que eles tenham uma “etiqueta” para poupar os donos de repreensões e vergonha.

Basta só uma brasileira louca por dogs aparecer que toda escola Cesar Milan de encantamento de dogs desaparece e eles ficam muito felizes de poder soltar a franga. Eu, particularmente, não me importo se os dogs estão causando nos locais, afinal, eu cresci com dogs e pra mim é tudo bem normal. Mas eu tive que aprender a segurar a onda aqui por conta dessa coisa dos alemães acharem invasivo você mexer com os catioros deles. Não que eu tenha parado, mas eu vejo quando a pessoa fica desconfortável e evito causar em parceria com o dog, não pela pessoa em si, mas pra que o dog não seja repreendido depois.

Eu não sei como os alemães fazem, mas eles conseguem mesmo criar cachorros blasè, que se comportam muito bem em locais públicos. Depois falam que a gente que humaniza os cachorros. Sério, pra mim, humanizar o cachorro é fazer ele entender o que está escrito na placa.

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